Só mais um minutinho…

Semana passada, tive que ir ao banco. Sim, aquele terrível lugar onde você pega uma senha, e espera. E espera. E espera. Aí quando você é o próximo, entra um velhinho na sua frente e fica por mais um tempão. Então chega a sua vez, você faz o que tinha que fazer em 2 minutos, e pega outra senha porque não pode fazer tal serviço ali. Isso se a máquina de senhas não estiver quebrada, pois se sim, significa mais espera, mais fila, mais raiva.

Estava esperando, como sempre, e me veio à cabeça o porquê de bancos nos incomodarem tanto com sua lerdeza: somos acostumados a usar aparelhos rápidos, a andar em carros rápidos, a fazer tudo com a maior rapidez possível. A cada dia inventam máquinas que procuram otimizar o tempo de trabalho, como computadores mais rápidos, internet mais rápida, e acaba por ser normal não ter que esperar.

Isso é uma das consequências naturais do capitalismo, que quer sempre mais em menos tempo, para aumentar os lucros. “Tempo é dinheiro”, costumamos dizer. Corremos para sobrar um tempo para nós, e muitas vezes odiamos esse tempo porque temos que esperar. Ou seja, nossa pressa pra acabar logo algo, faz com que as coisas as quais queríamos e duram mais de 5 minutos, fiquem chatas e enfadonhas. Perdemos a alegria de um momento assim como perdemos tempo. Acho que talvez, devêssemos parar e aproveitar um pouco, sem relógios. Sem tic-tacs na cabeça.

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