Pedaço de loucura

Acho que devo parar de refletir
Sobre essa mera existência em que me encontro
Onde, por mais que eu tente,
Não posso encontrar o dia.
O escuro e as trevas
Passam e voltam
Consumindo tudo ao meu redor
Pedaço por pedaço
Até que não haja escapatória
A não ser juntar-me a sua loucura
Deliciar-me com isso
E sucumbir dante de sua força
Não! Não devo!
Pois é apenas meu pensamento
Que me separa do estado de deplorável insensatez.
Cada crítica, cada revolta, cada golpe dado
É uma nova revelação
De que estou viva.
E viver, é o único pedaço de loucura
Ao qual me atrevo a agarrar.

Deixe um comentário